segunda-feira, 20 de abril de 2009

Vera Giangrande: “Um exemplo a ser seguido”

VOLPI, Alexandre. Na Trilha da Excelência: Uma lição de Relações Públicas e encantamento de clientes. São Paulo: Negócios Editora, 2002. 221p.

O livro Na Trilha da Excelência: Uma lição de Relações Públicas e encantamento de clientes, escrito por Alexandre Volpi, é uma biografia bem diferente das normais.

Ela conta a vida de Vera Giangrande, que conseguiu o reconhecimento da profissão de Relações Públicas, no País. Com ela, os consumidores ganharam voz nas empresas, tendo como um dos principais “Cases” o Pão de Açúcar.
Vera Giangrande nasceu em São Paulo, em 4 de janeiro de 1931. Aos onze anos começou a trabalhar, na biblioteca infantil Monteiro Lobato. Aos 16 anos, fez o curso de biblioteconomia da Escola de Filosofia Sede Sapientiae. Mas “a vida profissional de Vera só começou a deslanchar quando foi apresentada à Comunicação Social” (Volpi, 2002, p.21). Seu primeiro trabalho foi como redatora de Propaganda das empresas Colgate Palmolive. Para a área de Relações Públicas foi um pulo, quando saiu da Colgate foi para a J. Walter Thompson, por indicação de um amigo.

Assumiu o cargo de gerente da Thompson, em 1962, com carta branca no departamento, porém não pode ser registrada como gerente, devido “ao fato de não haver mulheres ocupando cargos de comando na agência em todo o mundo até então” (Volpi, 2002, p.46), consequentemente em 1963, Vera foi trabalhar na AAB (primeira consultoria do País voltada exclusivamente para Relações Públicas).
Em 1968, Vera Giangrande tornou-se a primeira mulher a ocupar o cargo de gerente de Relações Públicas no setor farmacêutico, na empresa Squibb. Em 1975 foi constituída a Inform Consultoria de Relações Públicas, proveniente da sociedade entre Vera e Carlos Eduardo Mestieri, durando 17 anos. Em 1989, Giangrande foi a primeira mulher rotariana do Brasil.

Aos 62 anos, assumiu o cargo de ombudsman na organização Pão de Açúcar, sendo um dos primeiros do Brasil. O seu trabalho ajudou no reconhecimento da atuação deste cargo, deixando a empresa com uma imagem positiva.
Vera faleceu no dia 22 de agosto de 2000, com 69 anos. Jornais do Brasil inteiro a homenagearam e não faltaram palavras para descrevê-la.

O livro é muito prazeroso e contagiante, o autor conta as histórias de forma simples e não cansativa. Ao mesmo tempo em que é uma aula de Relações Públicas e de comunicação organizacional. O autor mostra que, Vera lutou pelo reconhecimento da profissão de Relações Públicas destacando a importância desta função como instrumento estratégico de comunicação empresarial e de aproximação com os diversos públicos. Uma das falas de Giangrande esta realidade é observada “O meu objetivo dentro do Pão de Açúcar é contaminar o maior numero de pessoas com cargos de chefia e intermediários com a filosofia de proximidade com os direitos do consumidor”.


Por: Viviane Caroline Lago

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