sexta-feira, 29 de maio de 2009

A Comunicação Interpessoal


A comunicação entre quem informa (emissor) e quem é informado (receptor), caracteriza-se pelo ato de comungar idéias, ou seja, pelo estabelecimento de um diálogo entre duas pessoas. É pelo diálogo que a comunicação realmente se efetiva. É interessante saber que a comunicação interpessoal já fora pensada por Aristóteles (384-322 a.C.) em sua obra Retórica, em que ele já afirmava que a comunicação era composta de três partes: quem fala, o discurso e a audiência.Nele, ocorre a circulação da informação e é imperativo que, ao ser transferida, ela seja compreendida pela pessoa que a recebe. A informação é o que está contido no processo da comunicação e é por este motivo que não podemos dizer que as duas palavras são sinônimas.Comunicar-se é ter uma ponte de compreensão entre você e outras pessoas, de tal forma que possam compartilhar aquilo que sentem e sabem. É com essa ponte que você pode atingir os outros com idéias, fatos, pensamentos, sentimentos e valores. Utilizando-a, você pode cruzar com segurança o rio de mal-entendidos que muitas vezes o separa dos outros.O maior obstáculo da comunicação entre duas pessoas, ou seja, da comunicação interpessoal, é o desconhecimento de que o receptor não é uma extensão do emissor da mensagem e vice-versa. Portanto, um não sabe o que se passa dentro do outro. Nesse sentido, a psicanálise afirma que o homem vive extremamente centrado em si mesmo e acredita que os outros são parecidos consigo, sentem as coisas da mesma forma e, em essência, pensam como ele. Como sempre, o homem projeta nos outros sua maneira de ser e de pensar. Falando em outras palavras, esse amontoado de mal-entendidos involuntários é resultado de uma comunicação que surge com a premissa de que as pessoas irão entender tudo exatamente como se fala. E não é bem assim! A comunicação de verdade parte da premissa de que o outro não é uma extensão de quem transmite a mensagem. Existem claro, outros fatores psicológicos que interferem no processo comunicacional. O estado psicológico da pessoa que fala ou da que escuta é relevante para o processo. É um tema interessante para ser aprofundado, mas nessa leitura, será abordada somente a compreensão de que 'quem fala' não é uma extensão de 'quem escuta'. No processo comunicacional interpessoal, todos nós transitamos no papel de fontes e receptores de informações. Uma hora temos a postura da fonte e no próximo instante, assumimos a postura do receptor, do ouvinte. Estar em ambos os papéis forma a dinâmica do diálogo.


Por: Camila Morata

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